Vem comigo para Paris, mas a outra Paris

Paris é uma cidade de 15 mil habitantes localizada a 110 quilômetros de Toronto, às margens do Grand River.

O nome não vem de nenhuma semelhança com a capital francesa e sim porque aqui foi encontrada uma grande reserva de gesso, que também é chamado em inglês de Plaster of Paris, ou seja, pasta de Paris.

Você também vai gostar: Blue Mountain na Primavera

E por falar em materiais de construção, a cidade é conhecida como a capital canadense do cobblestone, ou seja pedregulho, já que há uma grande concentração de casas aqui construídas com pedras.

A imagem mais icônica da cidade é, sem dúvidas, a traseira dos prédios da Grand River Street (a rua principal) que fica de frente para o Rio. Como a rua não é muito extensa, também não há muitos prédios, mas aqui encontramos algumas varandas de restaurantes que recomendo muito ir se você quiser apreciar o rio.

Veja também:

 

E por falar no Grand River, ele é realmente a grande estrela da cidade, já que muitos vêm a Paris para descer o rio, seja em Kayak, bote ou boias. 

Mesmo que você queira continuar seco no seu passeio, recomendo explorar as pontes da cidade, que oferecem as melhores vista lindas para o rio, sempre acompanhadas de vasos floridos.

Aliás, explore a cidade inteira porque você vai encontrando coisas diferentes, desde lojinhas locais até entradas para trilhas.

Mas o que queríamos mesmo era relaxar à beira do rio e para isso encontramos um restaurante com uma vista espetacular.

Para mim, a vista já era o suficiente para um almoço memorável, mas preciso dizer que a comida ficou à altura.

Começamos com sangrias, já que o dia estava bem quente.

Pedi uma pizza de steak and blue cheese que estava deliciosa. Preciso mencionar que o molho de base era um Alfredo, em vez do tradicional molho de tomates. E que grande ideia! Combinou super bem!

E para acompanhar a pizza, eles servem uma Caesar, que para minha grata surpresa incluía crispes de bacon.

Cris pediu uma costela com batatas. Além de o prato ser mais generoso do que o que estamos acostumados em Toronto, a carnes estava incrível e desmanchava no garfo.

Algo que me chamou a atenção é como os locais demonstram seu orgulho pela cidade, preservando e exibindo sua história.

Aqui, por exemplo, você encontra este sino do ano de 1874, que costumava tocar na cidade para marcar horários importantes do dia ou fatos históricos. Uma das últimas vezes que tocou foi para comemorar a coroação da rainha Elizabeth II, da Inglaterra.

Há também este monumento dedicado aos combatentes da cidade na Segunda Guerra Mundial.

Mas a melhor forma mesmo de entender a paixão dos moradores com Paris é visitando o museu da cidade.

Aqui você encontra maquetes de casas tradicionais de Paris, amostras dos recursos locais e até objetos pessoais de moradores do passado.

Minha parte preferida foi a exposição de roupas militares usadas por ex-combatentes da cidade de Paris que inclui até uniforme da segunda guerra mundial.

Depois do museu, fomos conhecer o mercado Paris Wincey Mills, que funciona desde 1889.

Por fora, ele ainda preserva sua arquitetura original. Por dentro ele é uma mistura na medida certa de antigo e novo, com cafés, delicatessens, lojas de diferentes artigos e um loja de antiguidades que vale muito a visita.

Aproveitamos, claro, para comprar comidinhas.

Para matar nossa vontade de sorvete fomos à Chocolate Sensations, uma loja de chocolates tradicional de Paris que também oferece sorvete.

Opa, peraí… tem ainda mais uma curiosidade sobre Paris que eu preciso mostrar pra você!

Aproveitamos a nossa visita para ir 13 Km fora da cidade conhecer o local onde Alexander Graham Bell inventou o telefone.

Pois é, foi nesta casa de Brantford, cidade vizinha a Paris, que Graham Bell inventou o telefone em 1874. Dois anos depois, já com a patente da invenção registrada, ele fez a primeira ligação de longa distância da história para Paris.

Por isso, a cidade de Brantford é conhecida como The Telefone City, ou seja, a cidade do telefone.

Esta casa era da família Bell, que se mudou para os Estados Unidos não muito depois da invenção de Alexander. Em 1909 ela foi transformada em museu e hoje abriga vários objetos pessoais do inventor e móveis da família.

Eu recomendo muito você chegar mais cedo que eu visitar este museu.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *