Se preferir, você pode ouvir este conteúdo:
Há uns dias atrás postei um vídeo explicando meu dilema com a minha produção de conteúdo para o Youtube – e com outras redes sociais também.
Eu estava morrendo de medo de postar esse vídeo, mas o resultado foi tão positivo que resolvi aprofundar um pouco em um dos pontos que eu falei, que é sobre a recompensa de ser você mesmo.
Talvez esse assunto – que para mim é importante em qualquer contexto – seja ainda mais importante no momento em que vivemos. Na verdade, eu não sou antropóloga para falar que “ah, a humanidade está muito diferente do que costumava ser” ou “está igual ao que sempre foi, mas agora vemos com clareza”… enfim, eu só posso falar a partir da minha perspectiva de quem nasceu neste período em que vivemos e que aprendeu algumas coisas com ele.
Eu acho que precisamos de mais originalidade no mundo.
Eu acho que sim precisamos de identidades coletivas, já que é parte do ser humano pertencer a grupos. A gente torce por um time de futebol, ou frequenta uma igreja, cursa um determinado curso na faculdade… enfim, vai tendo experiências coletivas que moldam a nossa personalidade dentro de um grupo e nos faz sentir parte de um todo. Isso é positivo.
Mas acho que além disso, precisamos exercitar a nossa individualidade, o que nos faz únicos. O que faz com que em meio a 7 bilhões de pessoas neste planeta, a nossa existência seja justificada?
E não estou falando de sermos excêntricos ou fazermos loucuras para nos diferenciarmos. Estou apenas falando de tentarmos sermos mais a gente mesmo, sem tentar buscar padrões que outros encontraram e de alguma forma nos convenceram de que precisamos seguir.
Estou falando tudo isso pra você em consequência do vídeo que eu postei domingo passado, em que eu falava que queria virar a página e fazer coisas que tivessem mais sentido para mim com o canal e todo o resto do meu conteúdo.
Passei tanto tempo sem me – como posso dizer – sem me ouvir ou sem até mesmo me valorizar só porque eu não acreditava que eu não poderia ser eu mesma para poder produzir conteúdo.
E a parte mais – digamos – assustadora disso é que eu passei a me sentir isolada porque, ao não permitir que a Luciana saísse de mim e se expressasse para outras pessoas, eu não abria uma janela para outras pessoas parecidas comigo e que estavam procurando pessoas como elas me encontrassem.
Peraí que ficou confuso…
Uma das coisas que me chamou a atenção nos comentários do vídeo – aliás, eu até postei lá no Instagram que eu vou imprimi-los porque foram muito importantes pra mim – mas uma das coisas que me chamou mais a atenção foi ler pessoas falando algo do tipo “me identifico com você” ou “me identifico com a sua vibe”.
E eu “hum???”. Como assim têm mais pessoas nesse mundo que se parecem comigo? E isso mudou muita coisa.
Ontem mesmo no Instagram eu estava super tagarela, postei pra caramba, o dia todo. Fui no Costco e depois mostrei umas coisas que comprei que podem interessar outras pessoas… eu estava tão assim extrovertida como há muito tempo não me sentia.
Aliás, esse é outro ponto. Sempre acreditei que era preciso ser extrovertida para produzir conteúdo e a realidade é que – na vida real pelo menos – eu sou uma pessoa introvertida. Apesar de eu não ter problema em falar para uma câmera, eu sou bem tímida pessoalmente.
E até nisso eu me sentia um ET porque parece que hoje em dia todo mundo é tão incrivelmente talentoso em tudo o que faz e – mais importante – não tem o menor medo de contar isso para o mundo inteiro.
Mas enfim, eu ficava me perguntando se eu me encaixava em algum lugar.
E desde que fiz o tal vídeo, abri meu coração e descobri que não estou sozinha neste mundo. Parece que me sinto, não sei se mais forte, mas mais segura de que eu posso ser eu mesma.
Então queria contar isso para você porque talvez eu lhe encoraje a ser mais você mesmo e tem duas vantagens nisso:
1) O mundo precisa de pessoas diferentes. Acho que não existem personalidades melhores ou piores, mas cada uma delas ajuda o mundo a andar para frente, a evoluir. Precisamos dos extrovertidos que incentivaram as pessoas a fazerem mais, assim como precisamos dos introvertidos que se concentraram em suas tarefas… quanto mais diversidade, melhor para o mundo.
E 2) (o ponto mais importante) Você será muito mais feliz. Pude comprovar esse fato. Que aliás, é um fato que todos nós sabemos. Se lhe perguntarem numa prova “o que deixa alguém mais feliz: ser ele mesmo ou tentar se encaixar?” Tenho certeza que você vai escolher a primeira opção.
Porque todos nós já sabemos isso!
O problema é que não colocamos em prática. Eu não colocava. Você coloca?
Então da próxima vez em que você achar que não se encaixa em um padrão, seja ele qual for, lembre-se que no fim das contas não existe – ou pelo menos não deveria existir – um padrão. Deveria existir apenas pessoas.
Eu, você, o outro… todo mundo diferente, cada um especial à sua maneira, com contribuições diferentes para o mundo.
Resumindo, não tenha medo de ser você mesmo porque é disso que o mundo precisa.