O Hotel Paradisus Rio de Oro é um hotel 5 estrelas da rede Meilá localizado em Guardalavaca, uma pequena cidade da província de Holguin, na costa sul de Cuba.
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É um resort all inclusive exclusivo para adultos.
Como se espera de um hotel assim, aqui você pode passar o dia inteiro comendo, bebendo e relaxando em diferentes áreas do hotel.
Uma característica que eu gostei bastante é o fato de que os quartos não ficam em um único grande prédio e sim distribuídos por toda a área do hotel, o que acaba distribuindo também as pessoas e nos dá a sensação de poucos hóspedes à volta.
E tudo é muito bem cuidado e limpo, então caminhar por entre o verde acaba sendo também uma diversão, até mesmo porque você descobre diferentes estilos de paisagismos, vistas lindas para o mar e outras atividades. Você pode, por exemplo, topar com uma jacuzzi de frente para o mar. É como descobrir surpresas atrás de surpresas.
O hotel também oferece um spa – com serviços cobrados à parte que vão desde manicure até longas massagens.
Caminhar pela passarela do spa pode ser também bem relaxante porque no caminho você encontra jacuzzis e vistas lindas para então terminar em uma piscina – que talvez por ser um pouco escondida – quase nunca tem gente.
Ah, detalhe: a água aqui é salgada, então pode ser que você encontre companhia.
Ao lado do spa está a academia do hotel, com aparelhos suficientes para você adaptar sua rotina de exercícios.
Os equipamentos são um bom exemplo do que esperar da infraestrutura cubana: são aparelhos não tão novos, mas em excelente estado.
E eu ainda não fui a uma academia que tivesse um vista mais bonita que esta.
Também não posso deixar de falar que estava sempre muito limpa e organizada.
Nesse primeiro dia decidimos ir ao café da manhã no bufê do hotel – ao que todos os hóspedes têm acesso.
Nos surpreendeu a variedade de opções tanto saudáveis como para quem quer se jogar de cabeça nas férias e comer tudo o que tem vontade.
Tem pratos e frutas locais, mas também em o que normalmente encontramos em café da manhã continental para agradar os gringos.
A água do mar nas praias do hotel são lindíssimas, um azul que parece tingido com anilina.
A temperatura é morna para quente. Já fui a outras áreas do Caribe, inclusive Cuba onde a temperatura da água era um pouco mais quente, então digamos que eu precisava ir molhando o pezinho, o calcanhar… mas nada comparado ao frio da água da Barra da Tijuca no Rio.
O que sim achei uma pena é que, apesar de bonita, a água era turva, ou ao menos estava nos dias que ficamos lá. Então eu brinquei muito pouco com o snorkel porque não tinha nada muito bonito para ver.
Aliás, também não encontrei peixes, mesmo tendo alguns recifes bem perto da areia. Definitivamente, é um lugar para ir mais para relaxar do que atividades aquáticas.
Essa praia particular tinha características bem parecidas com a da outra praia que já mostrei, mas parecia mais funda e com áreas onde podíamos ficar em pé, mas com quase todo o corpo coberto pela água.
Passou a ser a nossa praia principal, todos os dias íamos para lá e passávamos algumas horinhas entre a areia e a água.
O bufê cubano foi uma grata surpresa.
Vale contar que a comida cubana lembra à brasileira, principalmente a combinação de arroz com feijão que eles gostam tanto quanto nós.
Mas a semelhança vai mais além, o tempero é bem parecido também.
Assim como no café da manhã, muitas opções também. Você podia mergulhar de cabeça na culinária cubana, ou comer pratos mais familiares e internacionais.
Para completar a noite cubana, passamos no bar e pedimos uns mojitos. Aí foi só esperar o show de música cubana.
É interessante que mesmo estando de férias, a gente acabou criando uma rotina no resort.
Acordávamos cedo, fazíamos alguma atividade física e começávamos nosso dia.
Às vezes tomávamos café da manhã no restaurante exclusivo. Lá podíamos pedir tanta coisa que acho que levaríamos um mês no hotel para comer de tudo.
Alternávamos entre ovos beneditinos, omelete, pães, frutas… tudo acompanhando do que quiséssemos: podia ser bacon, linguiça, presunto…
Alguns dias tomávamos o café da manhã no quarto. Escolhíamos qualquer coisa do menu do restaurante e eles montavam a mesa pra gente na varanda. Ainda não encontrei forma melhor de começar o dia.
Com o café da manhã tomado, íamos para a nossa praia. Isso, depois de um tempo passamos a chamar de nossa praia porque acho que éramos os únicos que a conheciam.
No almoço, a gente geralmente passava no restaurante exclusivo.
Eu quase sempre pedia a salada de camarões de entrada e peixe com vegetais. O Cris alternava um pouco mais a proteína.
Às vezes, estávamos tão cômodos na piscina que pedíamos algo por lá mesmo.
E aí você pode até pensar que a comida seria mais ou menos, só para digamos constar que servem algo na piscina, mas preciso dizer que a pizza era deliciosa.
O difícil era escolher porque você podia pedir o que quisesse e eles colocavam na pizza. Normalmente eu pedia camarões, queijo e vegetais.
E se você se cansasse, tinha hambúrguer também.
Mas à noite é que variávamos mesmo. Fomos a cada um dos restaurantes do hotel.
Primeiro, o El Mediterrâneo, que como o nome diz: era de comida mediterrânea. Eu diria que principalmente grega.
Como antepasto, nos serviram uma pasta de azeitonas com pães.
De entrada pedi um húmus que veio com umas torradinhas que pareciam de massa de pizza.
Como principal eu pedi um ensopado de frutos do mar.
Já o Cris, pediu um picadinho de carne com purê.
Terminamos com tiramisu.
Depois fomos ao El Pátio, que até hoje não sei qual especialidade era.
Para ser sincera, esse foi o mais fraquinho de todos. A comida era boa, mas nada surpreendente. Diria que na média.
Já o El Bohio nos encantou. Para começar, fiquei encantada com a localização da nossa mesa, em uma cabana privada. E a comida era cubana, que a essa altura já amava.
Para começar pedir uma torrada que, em vez de ser feita com pão, é feita com banana. E por cima, vem o ropa vieja, a carne à moda cubana que eu mostrei no bufê.
De principal comi um bife de panela com o tempero muito parecido ao brasileiro.
De sobremesa, rabanadas com sorvete.
Agora surpresa mesmo foi o restaurante japonês. Confesso que fiquei com o pé atrás porque né? Restaurante japonês num resort?
Mas eles foram inteligentíssimos em fazer um restaurante tepaniaki, que é um tipo de restaurante japonês em que o chefe grelha a comida à mesa, em frente aos convidados.
Digo que foram inteligentes porque esse tipo de restaurante não só serve um tipo de comida que agrada quase a todo mundo, como também entretém.
Metade da graça é ver o chefe preparando e, claro… entrar na brincadeira também.
Mas infelizmente tudo tem seu fim, inclusive – ou preciso dizer principalmente – as férias.
No último dia decidimos, em vez de ir à nossa praia, ir à praia principal do resort, até mesmo porque queria mostrar melhor para vocês.
Bom, sei que se você chegou até aqui está louco para que eu responda a pergunta: “recomendo a você fazer o mesmo?”
A resposta simples é sim, afinal, nós adoramos a semana que passamos lá, mas eu preciso lembrar que tudo depende muito do que você quer nas suas férias.
Talvez você tenha uma personalidade parecida com a nossa e gosta de tranquilidade. Esse hotel é excelente se você quer apenas relaxar, comer bem, beber bem e não se preocupar com nada.
Durante os sete dias que ficamos hospedamos, não saíamos do hotel para nada, então preciso alertar que não é um turismo cultural, em que você vai efetivamente conhecer um lugar.
Se você quiser, além de passar uns dias relaxando, também conhecer Cuba, eu recomendaria procurar um hotel em Varadero, que é mais próximo de Havana, assim você pode reservar um ou dois dias para conhecer a capital.
Aqui você fica completamente isolado.
Se você quer curtir o hotel, mas não abre mão de um pouquinho mais de agito, eu diria que ficar na área comum do hotel pode ser melhor para você, já que é lá onde acontecem as atividades e onde as pessoas estão mais em clima de festa,
Eu indico o Royal Service – que é a área VIP onde ficamos – se você quer relaxar num grau máximo nas suas férias já que uma vez que você faz o check in, vira rei.
A gente tinha à nossa disposição um mordomo que cuidava de tudo o que precisássemos: fazia as reservas dos restaurantes, coordenava o sevriço de quarto e até preparava banho de banheira para nós.
Outras regalias desse serviço incluíam serviço de quarto, troca das nossas toalhas de quarto, carrinho 24 horas para nos levar onde quiséssemos, mais bebidas à disposição, piscina exclusiva, restaurante exclusivo e duas praias exclusivas. Em uma delas, tínhamos disponível um serviço de bar que nos trazia qualquer drinque que pedíssemos.
Enfim, é aquele tipo de experiência que faz você chorar quando volta pra casa e tem que lavar sua própria louça.