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Não, eu não vou falar sobre dietas, contar para você o que eu como no meu dia, ou que eu troquei o carboidrato por proteína… ou qualquer outra coisa que esteja na moda.
Não vou falar que você precisa acordar às 5 da manhã e correr uma maratona… nada disso!
Neste vídeo eu vou compartilhar com você alguns hábitos que fui adquirindo e que de alguma forma deixam a minha vida mais saudável e, quem sabe, pode fazer sentido na sua vida e trazer benefícios para você também.
São pequenas coisinhas que você pode incorporar no seu dia a dia e trazer benefícios para sua saúde mental. Ou que podem ao menos lhe incentivar a ter outras ideais diferentes dessa, mas que lhe trarão um resultado semelhante.
A idéia não é dizer o que você tem que fazer, apenas lançar ideias no ar.
Vamos lá? Eu tenho quatro para lhe contar!
Rotina matinal
Acho que se eu pudesse dar um único conselho para alguém que poderia melhorar muito à sua vida seria: ter a mesma rotina matinal todos os dias.
A gente fala muito em rotina da noite, muito atrelada a cuidados com a pele ou qualidade do sono, mas para mim, a rotina da manhã é de longe a mais importante. É ele que vai lhe preparar para o seu dia.
Acho que tudo começa com acordar sempre no mesmo horário, o que não quer dizer acordar super cedo.
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Quem me conhece sabe que eu acordo todos os dias muito cedo, amo acordar cedo, sempre fui assim e encontro muitos benefícios nesse hábito, mas eu JAMAIS falaria que você precisa acordar cedo.
Aliás, nos últimos anos a gente vê essa moda do tal do “clube das 5”, quase como se fosse uma seita que quer converter todo mundo, como se esse fosse o caminho para ser o ser humano perfeito: super produtivo, saudável… pensando bem, agora tenho certeza que o Rodrigo Hilbert acorda às 5 da manhã.
Brincadeira à parte, eu detesto qualquer tipo de imposição dessas. Acho que devemos respeitar as diferenças e entender que o que funciona para nós, nem sempre serve para o outro.
Por isso, meu conselho é: acorde todos os dias no mesmo horário, seja ele qual for, desde que dentro das suas necessidades.
E por que bato na tecla do mesmo horário? Porque manter a consistência de horário é o primeiro passo para uma rotina.
Eu já até fiz um vídeo sobre minha rotina da manhã, comentando o livro O milagre da manhã que, entre outras coisas, defende que precisamos começar o dia de uma forma estruturada para aumentar a possibilidade de sucesso do dia.
Ou seja, é muito bom começar se preparando física e mentalmente para o que tivermos que fazer durante o dia.
A minha rotina, como eu já compartilhei com vocês, inclui começar com atividades físicas, escrever no meu diário, ler, tomar meu café com calma… entre outras coisas.
O ideal é você pensar como pode construir uma rotina da manhã que funcione para você. Pense em como pode se movimentar, estimular sua mente e também ter uma pausa para meditar ou pensar um pouco na sua vida.
Mas enfim, não importa muito como é a sua rotina, o mais importante é a existência dela.
Se encaramos o dia como um projeto, começar os dias com uma rotina é o mesmo que começar um projeto de forma organizada e com um metodologia. Logo, as chances desse projeto dar certo são bem maiores.
Pausa do almoço
Não é segredo que comida para mim é sagrado. Eu já postei um vídeo falando sobre como para mim é imprescindível fazer o jantar e me sentar para jantar todas as noites.
Mas quase nunca falo do almoço pra mim.
Se bem não costumo preparar nada de mais para o almoço – se tiver sobre o dia anterior melhor ainda – a premissa da pausa é a mesma.
O dia que você me ver na frente do computador comento enquanto trabalho, me interna porque eu perdi minhas faculdades mentais. Ou o meu corpo foi tomado por um alienígena. Definitivamente, aquela não sou eu.
Eu detesto comer rápido, detesto comer à mesa de trabalho, comer em pé… sim, sou chata para comer. Mas eu acho que é uma chatice saudável.
Quando chega a minha hora do almoço, eu paro tudo o que estou fazendo e me sento para comer. Ok, desta vez, não à mesa, eu como no sofá mesmo. Mas eu paro por mais ou menos uma hora antes de voltar a trabalhar. E essa é a parte importante.
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A minha hora de almoço é o momento em que descanso a cabeça fazendo algo passivo, nesse caso, vendo TV. É nessa hora que assisto alguma série que acompanho.
E aqui vai um detalhe bobo: normalmente, na hora do almoço é quando assisto uma série que tem mais temporadas porque assim eu passo bastante tempo assistindo o mesmo programa sem ter que decidir todos os dias o que vou ver. E você sabe, isso pode tomar um tempo!
À noite, a gente vê séries mais curtas ou filmes e tal porque temos mais tempo para decidir.
Detalhe: quando veio a pandemia e o Cris começou a trabalhar de casa, ele acabou entrando nessa rotina também. Antes das séries da hora do almoço eram as “minhas séries”, aquelas em que eu assistia sozinha e agora não me sobrou muito tempo para esse momento “eu comigo mesma”. Por isso, quando cozinho à noite, aproveito para assistir às “minhas coisas”.
Aliás, é interessante que quando a pandemia começou nós combinamos de assistir todas as temporadas de House e ficamos na dúvida se daria tempo de terminar. Agora já foi House, já foi Sopranos… e agora estamos no meio de Breaking Bad, que eu achei que seria a última que veríamos juntos na hora do almoço, mas… já tenho minhas dúvidas.
Mas enfim, voltando ao ponto, tente parar pelo menos uma horinha no meio do seu dia para relaxar e fazer algo que você gosta. Pode ser ver TV, ouvir um podcast, ler um livro… você vai ver como não só irá produzir mais à tarde, como se sentirá mais leve, feliz… e é isso o que importa sobre todas as outras coisas.
Independência do celular
O meu trabalho principal é produzir conteúdo. Dito isso, eu posso lhe afirmar categoricamente: minha vida não gira em torno do celular. Juro, sei que é difícil de acreditar, mas é verdade.
Aliás, talvez justamente por ser parte do meu trabalho eu não enxergue o celular como algo tão… queridinho sei lá.
Obvio que eu amo meu celular e as coisas que eu faço com ele, mas eu meio que me canso dele. E acho que é um cansaço saudável porque me permite fazer outras coisas.
Acho que um dos grandes mitos sobre criadores de conteúdo é o de que passamos o dia consumindo conteúdo, que passamos o dia inteiro no Instagram e Tiktok, quando na verdade se a gente consome muito conteúdo, não sobra tempo para produzir conteúdo. Consegui me explicar?
Aliás, lá no blog eu disponibilizo o que eu chamo de mini-workshop e nada mais é que um vídeo de pouco mais de 5 minutos que eu dou para quem se inscreve na minha newsletter.
Nele eu conto uma – como posso dizer – uma premissa que eu tenho? Ume regra que eu tenho na minha vida que eu acho que é a base para uma vida saudável mentalmente e que eu realmente acredito que pode ser a chave da felicidade que muitos procuram. E tem bastante a ver com isso do uso de celular.
Enfim, é uma regrinha que estipulei para mim mesma há um tempo atrás e fez toda a diferença na minha vida. Se quiser, vou deixar o link aqui embaixo para você se inscrever na newsletter.
Que aliás, eu envio a newsletter uma vez por semana com todo o conteúdo que eu posto aqui, no blog, no podcast… então é uma boa forma de nos mantermos conectamos.
Agora, sobre o celular no dia a dia. Acho importante fazermos pausas dele durante o dia. Por exemplo, na hora do almoço quando assistimos TV, não há necessidade de tê-lo por perto. Aliás, em 90% das vezes não precisamos responder uma mensagem assim que ela chega ou olhar o feed do Instagram no primeiro segundo que temos disponível.
Eu falo isso com um pouco de peso na consciência porque sei que pra mim é mais fácil que para a maioria. Eu realmente sou uma pessoa desapegada aos alertas do celular, não tenho ansiedade para responder mensagens – aliás raramente uso WhatsApp e não faço parte de nenhum grupo. Então eu sei que realmente não sou uma pessoa normal.
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Se você tem dificuldade de ficar sem olhar o celular por um bom tempo, uma dica que sempre ouço e pode lhe ajudar é tirar os alertas dos aplicativos e assim você não será avisado toda vez que alguém posta ou manda mensagem num grupo. Então você pode estipular, sei lá, 10 minutos por hora: a cada hora você abre o celular e vê as atualizações.
O que fazer com os 50 minutos restantes? Viva!
Bom, é tudo uma questão de equilibro e, claro, não existe algo objetivo para determinar o limite de uso de celular. Mas lembre-se: nada que lhe faça sentir dependente é bom para sua saúde mental.
Documentação da vida
Nos últimos anos, ficaram muito na moda os diários de gratidão que é o método mais fácil e eficaz de você olhar para a sua vida de uma forma mais grata. Se você ainda não experimentou parar por 5 minutos por dia para escrever agradecendo as bênçãos que tem na sua vida, olha… você não tem ideia do que está perdendo!
Parece bobo só porque é muito simples, mas assim como a água que é a coisa mais simples que você pode incorporar na sua rotina para melhorar sua saúde física, o diário de gratidão pode melhorar muito sua saúde mental.
Digamos que é a água do coração. Você pode se alimentar bem, pode fazer exercícios físicos… se não beber água, vai ter problemas de saúde sim. Aliás, morremos mais rápido pela falta d’água que de comida.
Então da mesma forma, não importa as nossas conquistas, não importa o amor que a gente receba à nossa volta… se não temos um olhar de gratidão sobre as nossas vidas, nunca nos sentiremos completamente felizes.
E eu comecei falando de diário de gratidão, mas para mim esse tópico é um pouco mais amplo porque não é necessariamente, escrever em um diário de gratidão. Apesar de o diário ser a forma mais simples de se fazer isso, há outras formas de mudarmos nosso foco para nossas vidas.
Não é a primeira vez que defendo a fotografia como forma de melhorar nosso bem-estar. Ela pode ser uma forma artística e divertida de gratidão.
Você já parou para pensar o que o leva a fazer cada foto que faz? O que tinha de tão importante naquela instante que fez você decidir que iria eterniza-lo?
Quando você começa a fazer essas perguntas começa a entender muito mais sobre você mesmo, suas escolhas, suas preferências… eu não acho que seja à toa que eu goste tanto de fotografar comida. Outros temas recorrentes nas minhas fotos são: a Syrah, o Cris, cafés – tanto a bebida como os lugares – passeios em parques.
Aliás, com o tempo percebi que no verão eu tiro foto da paisagem na varanda quase todos os dias. Mil desculpas por inundar seu Instagram com fotos que parecem a mesma coisa, mas acho que podemos concordar que eu tenho uma necessidade muito grande de eternizar o verão tão curto daqui.
Então é por isso que pais tiram milhões de fotos dos filhos. E mais que isso, tentam registrar cada momento importante: o primeiro dente, o primeiro passo, o primeiro dia na escola… é uma tentativa de imortalizar algo que sabem que é único e dura pouco.
É por isso que o jovem adora postar foto do primeiro carro… e do segundo, do terceiro… por isso tiramos fotos de looks, porque às vezes a gente se achou tão bonita naquele dia daquele jeito que a gente quer guardar isso pra sempre.
Resumindo: fotografamos o que é importante para nós.
Mas e se fizéssemos um exercício ao contrário: e se tentássemos encontrar mais coisas a serem eternizadas? Aquelas que não são tão grandiosas como um primeiro dente nascendo, mas que poderiam nos trazer uma alegria momentânea.
Então a fotografia praticamente vira um diário de gratidão porque é um exercício de olhar à nossa volta e encontrar coisas simples para agradecer. É aquela sopa que mesmo não sendo a mais deliciosa da vida nos esquentou numa noite fria, é a primeira flor que encontramos na rua depois do inverno – acredite: todo ano eu tenho esse momento -, é aquela frase no livro que nos inspirou…
Minha lógica seria: se fotografamos o que é importante para nós e nos faz felizes podemos imaginar que se procuramos mais coisas ou momentos para dar importância, mais fontes de felicidade encontramos. Faz sentido?
Quero deixar você com essa pergunta hoje.
Bom, essas foram algumas dicas rápidas e bem simples que podemos implementar nas nossas vidas e colher benefícios delas. Nenhuma delas custa dinheiro ou requer muito tempo, então acho que vale a pena tentar, né?
À medida que eu for descobrindo ou incorporando novos hábitos à minha rotina eu vou contando a vocês. Aliás, compartilha aí com a gente alguma dica que você tenha para uma vida mais saudável, eu adoro essas coisas.
Espero que esta conversa tenha aberto seu coração e sua cabeça para algo novo e hoje e nos vemos nas próxima.